UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
 

UNIDADE: FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA BAIXADA FLUMINENSE
DEPARTAMENTO: DEPARTAMENTO DE FORMACAO DE PROFESSORES
DISCIPLINA: ARGUMENTO E ROTEIRO
CARGA HORÁRIA: 60 CRÉDITOS: 4 CÓDIGO: FEBF07-17503
MODALIDADE DE ENSINO: Presencial TIPO DE APROVAÇÃO: Nota e Frequência
 
STATUSCURSO(S) / HABILITAÇÃO(ÕES) / ÊNFASE(S)
ObrigatóriaFEBF - Cinema e Audiovisual (versão 1)

TIPO DE AULA CRÉDITO CH SEMANAL CH TOTAL
Teórica2230
Prática/
Trabalho de Campo
2230
TOTAL 4 4 60

EMENTA:



Análise gêneros, formas e conteúdos de diferentes produções. A ideia, a sinopse, o argumento e o roteiro. Diferenças entre documentário, ficção, jornalismo e programas de TV e para streaming. Formatação de roteiros. Roteiro original e roteiro adaptado. Decupagem técnica e decupagem artística. Roteiros com inspiração em obras literárias, teatrais, textos que flutuam entre o cinema e as artes plásticas. Criação imaginária e sua tradução imagética. Repensar a relação literatura e cinema entendendo que são poucos ainda os textos de autores negros/negras, indígenas, periféricos etc. que possuem investimentos para virarem filmes. Análises de casos de longas produzidos nesse contexto e que são exemplos de interferências no texto original para torná-lo mais palatável para o espectador classe média/alta como no caso do filme ´Cidade de Deus´. Análise crítica sobre a forma como negros, populações indígenas, periféricas, LGBTQI+ e mulheres e são representades nos roteiros. Análise crítica da absoluta ausência dessas pessoas na cadeia de produção cinematográfica em posições de comando e na elaboração de roteiros e argumentos. Analisar casos concretos de como as adaptações literárias desses grupos demoram para virar produto audiovisual (ex. Um defeito de cor, vendido para a Globo e paralisado). Analisar e debater como no campo de financiamento no Brasil, cada vez mais restrito, mesmo com maior entrada de mulheres negras e cineastas de periferias em plataformas de streamming seria complicado afirmar a importância da literatura apenas para pautar os roteiros e narrativas desses cinemas (negros, pós coloniais e periféricos), uma vez que a linguagem audiovisual é uma possibilidade inclusiva para pessoas que não estão publicando ou não pensam em publicar, uma possibilidade para historias ancestrais e orais etc. Estudo de caso: acompanhar oficinas da Globo, da Flupp (incluindo o caso da cineasta Yasmin Thayná) e outras, Refletir, debater e propor formas de inserir o percurso das literaturas e oralidades pretas, indígenas, dissidentes no campo da cinematografia através de oficinas e mesmo da escola pública, valorizando essas narrativas e evitando a prevalência das letras sobre a oralidade, assim como das letras sobre as imagens.



OBJETIVO(S):

Ao final do semestre, o aluno deverá ser capaz de ter um conhecimento crítico sobre o contexto que envolve a criação de roteiros para cinema e audiovisual, especialmente os casos brasileiros, assim como ser capaz de criar roteiros e argumentos.


BIBLIOGRAFIA:



Tutoriais e manuais disponíveis na internet

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