UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
 

UNIDADE: FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA BAIXADA FLUMINENSE
DEPARTAMENTO: DEPARTAMENTO DE FORMACAO DE PROFESSORES
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ARTE 1
CARGA HORÁRIA: 90 CRÉDITOS: 6 CÓDIGO: FEBF07-17491
MODALIDADE DE ENSINO: Presencial TIPO DE APROVAÇÃO: Nota e Frequência
 
STATUSCURSO(S) / HABILITAÇÃO(ÕES) / ÊNFASE(S)
ObrigatóriaFEBF - Cinema e Audiovisual (versão 1)

TIPO DE AULA CRÉDITO CH SEMANAL CH TOTAL
Teórica4460
Prática/
Trabalho de Campo
2230
TOTAL 6 6 90

EMENTA:

Discutir os conceitos, teorias, movimentos, escolas, estilos, períodos e eras a partir de uma perspectiva descolonial, denunciando e ultrapassando a narrativa etnocêntrica da História da Arte responsável por desenhar regras e normas (de gosto, estilos e valores) que fundam e perpetuam uma hierarquia perversa de objetos e autores na qual de um lado se coloca o objeto cultivado das belas artes - associados ao gosto da elite (financeira ou intelectual) - e o artista homem, branco, europeu ou euro-estadunidense-. Do outro lado, os artefatos produzidos por seus ´outros´: mulheres, trasns, negros, artistas que não emulam os estilos e formas europeus, e são postos como os objetos exóticos, primitivos, tribais, folclóricos, ingênuos. Conhecer as intervenções dos movimentos e artistas feministas, negros, LGBTQIA+ na denuncia e reescrita de uma outra história da arte.

OBJETIVO(S):

Capacitar o estudante a identificar, analisar e refletir acerca da pluralidade das construções artísticas produzidas pelo ser humano para além das raízes, estruturas e modelos profundamente europeus que até aqui determinaram a disciplina História da Arte, e que tem sido um aparato poderoso e duradouro do imperialismo, do patriarcado e da colonização.


BIBLIOGRAFIA:

ARAúJO, Emanoel (org.). A mão afro-brasileira. V.1 e V.2. São Paulo: Imprensa Oficial, 2000.

ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte como História da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1992

ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual. São Paulo: Liv. Pioneira, 1980.

ARNOLD, Dana. Introdução à História da Arte. São Paulo: ática, 2003.

BARCINSKI, Fabiana Werneck. Sobre a Arte Brasileira. São Paulo: SESC Edições, 2015.

BAZIN, Germain. História da arte. Da pré-história aos nossos dias. Lisboa: Martins Fontes, 1976.

BELL, Julian. Uma Nova História da Arte. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2008.

BELTING, Hans. O fim da História da Arte: uma revisão dez anos depois. São Paulo: Cosac et Naify, 2016.

BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre Literatura e História da Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BERGER, John. Modos de ver. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

BOEHM, Gottfried. Pensar a imagem. São Paulo: Autêntica, 2015.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo: Editora ática, 1995.

CHIARELLI, Tadeu. Arte Internacional Brasileira. São Paulo: Lemos, 2002.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante da imagem: questão colocada aos fins de uma

história da arte. São Paulo: 34, 2013.

_____. Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens. Belo Horizonte:

Ed. UFMG, 2015.

_____. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

ELKINS,James. Is Art History Global? New York:Routledge. 2007.

GOMBRICH, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.

HALL, Stuart. Museums of Modern Art and the End of History. London: IIVA.2001.

JANSON, Horst Woldemar. História Geral da Arte (Vol. I) - O Mundo Antigo e a Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

JANTJES, Gavin. The Long March from ´Ethnic Arts´ to ´New Internationalism´. In: Cultural Diversity of the Arts, Amsterdam: RTI. 1993.

_____________________ . História Geral da Arte (Vol. II) - O Renascimento e o Barroco. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

______________________. História Geral da Arte (Vol. III) - O Mundo Moderno. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

LAGROU, Els. Arte Indígena no Brasil. Belo Horizonte: C/Artes, 2009.

LOCKE Alain. Legacy of the Ancestral Arts.

MACHADO, Lourival Gomes. Barroco Mineiro. São Paulo: Perspectiva, 1978.

MERCER, Kobena. Art History after Globalization: Formations of the Colonial Modern, In: AWERMAETE, Tom, Colonial Modern: Aesthetics of the Past, Rebellions of the Future, London:Black Dog, 2010

MIGNOLO, Walter; VAZQUEZ, Rolando. Decolonial AestheSis: Colonial Wounds/Decolonial Healings - https://www.udesc.br/arquivos/ceart/id_cpmenu/5800/Decolonial_Aesthetics__Colonial_Wounds_Decolonial_Healings_____Social_Text_15505156052623_5800.pdf

NASCIMENTO, ABDIAS DO. ARTE AFRO-BRASILEIRA: UM ESPíRITO LIBERTADOR. IN: ______. O GENOCíDIO DO

NEGRO BRASILEIRO. 3. ED. SãO PAULO: PERSPECTIVA, 2016.



NOCHLIN, Linda. Why Have There Been No Great Women Artists. 50 Anniversary Edition.London: Thames et Hudson. 2021

PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. São Paulo: Perspectiva, 2017.

POLLOCK, Griselda. Vision and difference: feminism, femininity and the histories of art. London; New York, NY: Routledge, 2003

______________________. Differencing the Canon: Feminist Desire and the Writtings of Art`s Histories. London:Routledge, 1999.

SCHMITT, Jean-Claude. O Corpo das Imagens - Ensaios sobre a Cultura Visual na Idade Média. São Paulo: EDUSC, 2007.

SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica. Multiculturalismo e representação. São Paulo: Cosac et Naify, 2003.

WöLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

WOODFORD, Susan. A arte de ver a arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.

ZANINI, Walter. História Geral da Arte no Brasil. V.1. São Paulo: Instituto Walter Moreira Salles e Fundação Djalma Guimarães, 1983.