UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
 

UNIDADE: FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO: DEPTO. ESTUDOS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E CONTINUAD
DISCIPLINA: Educação Continuada e Perspectivas em Redes de Conhecimento
CARGA HORÁRIA: 45 CRÉDITOS: 3 CÓDIGO: EDU06-15495
MODALIDADE DE ENSINO: Presencial TIPO DE APROVAÇÃO: Nota e Frequência
 
STATUSCURSO(S) / HABILITAÇÃO(ÕES) / ÊNFASE(S)
ObrigatóriaEDU - Pedagogia (versão 5)

TIPO DE AULA CRÉDITO CH SEMANAL CH TOTAL
Teórica3345
TOTAL 3 3 45
EMENTA:

Educação continuada e aprender por toda a vida: finalidades e aspectos metodológicos. Educação continuada no marco da Declaração de EJA da V CONFINTEA e do Marco de Ação de Belém da VI CONFINTEA. Emergência de conceitos e de práticas que atendem a exigências contemporâneas de aprendizado contínuo e do direito a aprender. Pensamento científico e mudanças paradigmáticas: do racionalismo cartesiano à epistemologia da complexidade. Diálogo entre ciências naturais e ciências sociais e noção de complexidade na dimensão ecológica. Tessitura de redes de conhecimento no cotidiano das instituições e dos movimentos sociais e emergência de alternativas de ação como processos singulares de expressão das culturas locais, da vida social e de múltiplas formas de linguagem na experiência do aprender por toda a vida. Concepções de desenvolvimento na sociedade capitalista e no neoliberalismo e de desenvolvimento como liberdade. Problemática do desenvolvimento contemporâneo e implicações sobre a vida planetária e humana. Enredamento de poderes, saberes e fazeres tecidos nos diversos contextos da vida cotidiana (interesses, crenças, valores, saberes, constituintes de redes de subjetividades) com saberes provenientes de aprendizagens formais. Significados dos múltiplos espaços/tempos de experiência - experiências de vida, da prática diária, dos usos e recriações de conhecimentos formados na própria inserção social - tomados como fios que emergem em intervenções pedagógicas e produzem modos de fazer e conteúdos desse fazer: diversidade e pluralidade cultural como bases da democracia e da igualdade. Inter/transdisciplinaridade dos saberes. Formulação de projetos e de propostas interativas.
OBJETIVO(S):

Reconceitualizar educação continuada e aprender por toda a vida no marco da educação de jovens e adultos, conforme a Declaração da V CONFINTEA e do Marco de Ação de Belém da VI CONFINTEA, além de outros documentos resultantes de acordos internacionais que se articulam na vida dos sujeitos, em todos os campos de atuação e de saberes.

Compreender novos paradigmas que sustentam modos de conhecimento dos sujeitos e suas influências na educação, a partir das diversas concepções prevalentes em diferentes momentos históricos: romântica, utilitarista, científica, naturalista, socioambiental.

Investigar a influência de modelos de desenvolvimento com vista à compreensão de sentidos em disputa: desenvolvimento social, econômico, humano, sustentável, solidário e desenvolvimento como liberdade.

Apreender o pensamento complexo como subsídio para a compreensão de dimensões supraestruturais de processos e de práticas educativas.

(Re)significar produções de projetos em diferentes instituições/movimentos sociais, compreendendo concepções de conhecimento subjacentes.

Repensar e propor modos de conceber a produção de conhecimento em rede.

Compreender rede de conhecimentos como dinâmica de relações não-lineares e não-hierárquicas, identificando princípios, formas de conectividade e, em especial, propriedades de auto-organização, realimentação e autorregulação;

Estabelecer diálogos entre as ciências, aprofundando a noção de complexidade na dimensão ecológica.

Operar a inter/transdisciplinaridade em todos os níveis de ensino, contribuindo para a formação de profissionais polivalentes, capazes de pensar o mundo de modo mais ético e responsável e formar sujeitos ético-solidários, cuja consciência ecoplanetária se amplie, pela articulação do pensamento científico aos saberes tradicionais, a partir da compreensão integrada dos seres humanos aos demais elementos do ambiente.

Facilitar o diálogo e a participação dos estudantes em formação na formulação, implementação e avaliação de projetos voltados a questões sociais, ambientais, de gênero, geracionais, étnicas, de formação e atuação profissional, de saúde etc. que promovam a qualidade de vida.

DISCIPLINA(S) CORRESPONDENTE(S):

EDU06-08062 Educ Continuada e as Perspectivas em Redes de Conhecimento
 
BIBLIOGRAFIA:

ARDOINO, Jacques. A complexidade. In: MORIN, Edgar (coord.). A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001, cap. 7., p. 548 -567.

CAPRA, Fritjof. A teia da vida. São Paulo: Cultrix/Anama-Key, 2001.

___________. As conexões ocultas - ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix/Anama-Key, 2002.

CASTELL, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

MORIN, Edgar, LE MOIGNE, Jean-Louis. A inteligência da complexidade. São Paulo: Peirópolis, 2000. O pensamento complexo: um pensamento que pensa, cap. 4. p. 199-213.

MORIN, Edgar. Os desafios da complexidade. In: MORIN, Edgar (coord.). A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001, cap. 8, p. 559-567.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.

MORIN, Edgar; ALMEIDA, Maria da Conceição, CARVALHO, Edgard de Assis (orgs.) Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2002.

ROCHA, Larissa et al. (org.). Redes: uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto-organização. Brasília: WWF, 2003.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. Porto: Ed. Afrontamento, 2001.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia de Bolso, 2010.

STRIEDER, Roque. Educar para a iniciativa e a solidariedade. Ijuí: Ed. UNIJUí, 2000.

UNESCO. Marco de Ação de Belém. VI Conferência sobre Educação de Adultos. Belém, Brasil, 2009.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ALVES, Nilda, GARCIA, Regina Leite. O sentido da escola. Rio de Janeiro: DPetA, 1999.

CARVALHO, Edgar de Assis et alii. ética, solidariedade e complexidade. São Paulo: Palas Athena, 1998.

CASTRO, Gustavo de (coord.) et alii. Ensaios de complexidade. Porto Alegre: Sulina, 1997.

DIEGUES, Antônio Carlos S. Desenvolvimento sustentável ou sociedades-sustentáveis - da crítica aos modelos aos novos paradigmas. São Paulo em Perspectiva 6 (1-2) 22-29, jan./jun. 1992. Revista da Fundação SEADE.

GUTIERREZ, Francisco, ROJAS, Cruz P. Ecopedagogia e cidadania planetária. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 1999.

LAYRARGUES, Philippe Pommier. Do ecodesenvolvimento ao desenvolvimento sustentável: evolução de um conceito? Proposta. n. 71, 1997. p. 5-10.

MACHADO, Nilson J. Epistemologia e didática: as concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez, 1996.

MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas, São Paulo: Papirus, 1998.

PELIZZOLI, M. L. A emergência do paradigma ecológico: reflexões ético-filosóficas para o século XXI. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1999.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989.

SCHNITMAN, Dora Fried (org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

UNESCO. Declaração de Hamburgo. Agenda para o Futuro. V Conferência sobre Educação de Adultos. Hamburgo, Alemanha, 1997.